Funil de Vendas: aprenda a não “entalar” seu cliente nele

Funil de Vendas: aprenda a não “entalar” seu cliente nele

Se você trabalha com marketing e vendas, principalmente através da internet, é bem provável que já tenha ouvido falar sobre o funil de vendas.

Mas será que sabe como fazer o cliente fluir por todas as “partes” até comprar o produto? 

Em vez de “entalar” seu cliente, que tal aprender mais sobre isso?

O funil de vendas, como o próprio nome sugere, é um modelo visual de todo o “caminho” que o cliente percorre.

Ele tem o formato de um funil com uma parte maior no topo, onde um número maior de pessoas se interessa pela mensagem e, lá embaixo, uma parte menor, onde efetivamente vira seu cliente.

O formato representa esse volume natural. Do início ao fim, nem todos completam a ação imediatamente. O consumidor passa por uma jornada de compra com um tempo próprio.

E quais são as “partes” desse funil?

Existem várias “versões” do funil, com mais ou menos etapas diferentes, mas todas elas têm em comum as principais divisões de topo (onde você atrai a atenção do possível consumidor), meio (onde você apresenta alguns critérios de decisão) e fundo (onde, finalmente, a pessoa se torna cliente).

O que está no topo do funil?

O topo do funil é responsável por atrair os visitantes com ações de marketing que façam o público tomar conhecimento de que ele tem um problema a ser resolvido, é onde ele faz uma descoberta.  

Matérias e artigos para blogs, vídeos, podcasts, posts para social media são alguns exemplos do que pode atrair as pessoas. 

Geralmente, aqui se fala pouco sobre a marca e mais sobre a necessidade do público. Mesmo que seja um conteúdo de marca, ela aparece como patrocinador, não como publicidade, onde se fala abertamente sobre os benefícios do produto.

O importante é ser relevante para que o público deseje receber novos conteúdos. O próximo passo é oferecer formatos mais sofisticados como e-books, testes, infográficos ou cupons de desconto e promoções para que seu público ofereça uma contrapartida social, que é o contato ou dados solicitados. Assim ele se torna um lead qualificado.

Certo, chegaram novas pessoas, e agora?

O meio do funil é onde a pessoa é impactada com critérios de escolha e consegue enxergar como oportunidade o fato de se tornar cliente/ consumidor do seu produto. 

Nesta fase, o que vale são os argumentos e comparações. Podem ser usados os mesmos formatos do topo de funil, mas o conteúdo é que se torna mais persuasivo. 

É isto, agora é só fechar o negócio, não é? 

O fundo do funil é onde as vendas realmente acontecem: a pessoa que, lá atrás, estava apenas aprendendo por que ela pode precisar de você e quais os critérios importantes para a escolha, agora ela vai entender o que você tem a oferecer de valioso. Aqui acontece a decisão de compra.

Então para que a venda ocorra, ele já deve ter compreendido que precisa da sua marca e até comparado com outros produtos. 

Algumas ações de marketing são de fundo de funil. Um exemplo são os buscadores, por isso, a conversão é mais rápida.

O fundo do funil não é o final do caminho. Na verdade, quando o consumidor chega aí, o seu trabalho é fazer com que ele fique em um “loop” do fundo ao meio para estimular a recompra e também torná-lo um advogado da sua marca. 

Conheça aqui alguns tipos de conteúdos que você pode desenvolver para fazer o funil fluir.

Por que investir na comunicação multiplataforma

multiplataforma

Comunicar com seu cliente potencial onde ele está é o motivo óbvio para planejar uma comunicação multiplataforma. Mas então por onde anda o consumidor?

A frase “não sei se funciona, por que eu não faço assim” é uma velha conhecida dos publicitários e ainda persiste, ganhando novos mitos, com o boom do marketing digital.

Quem só assiste série no Netflix diz que a TV morreu.

Quem só lê jornal impresso diz que o meio digital ainda tem muito chão pra fortalecer.

E o crescimento do livro impresso, nos últimos anos, tá aí pra confundir quem apostava só no e-book.

Aquele que vive nas redes sociais se surpreende quando esbarra com pessoas com jeito de pensar e agir diferentes do seu grupo. É a tal da bolha.

A verdade é que quem passa o dia olhando para o próprio umbigo não olha para o horizonte.

Mude sua perspectiva e entenda o comportamento do seu alvo.

Nem todo mundo é jovem ou de meia idade, nem todo mundo vive em uma família tradicional ou alternativa, nem todo mundo vai votar no fulano ou no sicrano, nem todo mundo compra só em loja física ou só pelo e-commerce.

Por isso o conceito de público-alvo é ainda mais relevante para o planejamento da comunicação. E esse é o primeiro motivo para considerar fazer a comunicação multiplataforma e não apenas focar num meio que atinja o consumidor porque você acredita mais nele.

Sim, o mundo de hoje não é o mesmo de 20 anos atrás.

E daqui a 20 anos também não vai ser o mesmo. Saímos do monólogo da comunicação para o diálogo. A viralização, o velho boca a boca, tem hoje a velocidade da luz.

O papel do meio digital ganhou relevância: permite um relacionamento com o público por um tempo maior, tanto pela linguagem quanto pelo custo.

Mas tem um teto em termos de alcance, podendo minimizar o potencial dos resultados. É incomparável o alcance e impacto que muitos meios de massa podem gerar.

Em termos básicos, o que é preciso pesar na balança, além do público, para a escolha dos meios?

– Precisa de muita cobertura ou sustentação da mensagem?

– O que muda mais pra sua marca: impacto ou frequência?

– Qual o momento da jornada de compra que seu alvo se encontra?

– Qual o problema principal que precisa resolver na sua comunicação?

Além disso, estudos mostram que mensagens publicadas em várias plataformas têm maior chance de serem assimiladas e memorizadas.
Um exemplo de formato que aumenta a eficiência da comunicação é o cross media e o transmedia.

Um outro ponto bastante importante é que nem sempre o consumidor sabe que tem um problema e, portanto, não enxerga o benefício do produto ou serviço como o melhor para ele.

Escrevemos sobre a jornada de compra do consumidor, nesse artigo aqui.

Se seu público estiver num momento inicial da jornada de compra e você tem necessidade de gerar demandas muitos grandes, é provável que o meio digital não dê conta para mudar comportamento num prazo curto, porque você precisa influenciar muito mais gente.

Para retorno rápido, a estratégia de mídia precisa de um investimento maior e, geralmente, nos meios de maior alcance. Isso vale também para conquistas agressivas de market share e share of mind.

Você também deve perguntar: em quanto tempo precisarei de retorno?

Já se pode estabelecer um retorno no longo prazo ou se o investimento é pequeno, há estratégias de alta performance no meio digital para você chegar lá.

A verdade sobre quem tem o poder de influência e compra hoje.

Se você avaliar qual é a geração no topo do consumo e das decisões aumentará mais um ponto para a comunicação multiplataforma.

Praticamente todas as gerações usam as plataformas digitais e as gerações mais jovens, que foram os grandes influenciadores até agora, deixaram de ter, portanto, seu papel de guia.

A geração de nativos, jovens de 13 a 25 anos, que transbordaram seus valores para a comunicação com estética, símbolos, e causas próprias, tiveram sua relevância superestimada pelo marketing até o momento, uma vez que ainda hoje, essa geração tem baixo potencial de consumo ou é ainda latente.

Afinal, qual é a geração mais influente hoje? Exatamente a geração mais multiplataforma de todas: a geração X.

Aqueles que nasceram no início dos anos 60 até meados de 80, são 1/4 dos brasileiros e respondem por mais da metade do consumo do país, segundo últimos dados do IBGE.

A Pesquisa Abril “O x da questão”, por exemplo, colocou luz nesta questão, revelando que é na verdade a geração que mais influencia e, principalmente, que paga a conta, além de ser também aquele que tem hoje os maiores empreendedores da atualidade.

Rapazes e meninas de 40 anos, levantem suas cabeças e se orgulhem de sua geração.

Você sabia que:

– O e-commerce é praticamente sustentado pela geração X?

– É uma geração altamente conectada, abraçando as novas plataformas, e, ao mesmo tempo, aprofundando seus conhecimentos pelos jornais, revistas e TV?

– 7 entre 10 das compras on line são realizadas por quem tem mais de 35 anos (com média de idade de 43 anos), segundo Relatório eBit Webshoppers?

– Nas plataformas tradicionais, pessoas da Geração X são os high users depois dos baby boomers?

– Também são os grandes líderes e empreendedores que revolucionaram nossos dias são exatamente dessa geração?

Expertise multiplataforma

O importante é ter certeza de que quem vai planejar e criar campanhas eficientes tenha experiência e energia criativa para dar o melhor suporte ao seu plano de marketing.

Só com boas ideias e conceitos vencedores é possível resolver problemas e abrir novas oportunidades para a marca.

Não basta apenas estar presente, é necessário marcar a diferença.

Rosana Ameixieira é CCO da Zero11, agência que fundou com seu sócio em 1991. Já criou e planejou para mais de 100 marcas do universo de educação, saúde, beleza, alimentos, franquia, pet, entre outros.